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  • Foto do escritorErika Bismarchi

Os perigos da Inteligência Artificial

Atualizado: 28 de jan.

Ah, os sabores da IA! Até agora são uma delícia, não é? Esta tecnologia tem proporcionado ferramentas altamente poderosas e acessíveis, capazes de facilitar a nossa rotina, tanto pessoal quanto profissionalmente. Se você chegou agora e ainda não leu os dois posts anteriores da série Os sabores e as dores da IA, do qual este post faz parte, sugiro fortemente que os leia AQUI



Mas, voltando ao assunto, engana-se quem acha que a Inteligência Artificial é um mar de rosas. Muito pelo contrário, ela pode ser traiçoeira como um oceano aberto em dia de tempestade. E a enxurrada de riscos é enorme: manipulação, falta de privacidade, indefinições e desinformação fazem parte de um amontoado de outras questões. 


A violação da privacidade é um dos pontos mais polêmicos desta pauta. Imaginem recriar um clone virtual seu sem o seu consentimento e em condições vexatórias ou sexualizadas, por exemplo. Entre vivos ou mortos (sim, a IA já tem soluções para “ressuscitar” mortos e colocá-los em comerciais, em shows holográficos etc), a questão da privacidade é complexa e, ironicamente, quase que irreal, digna de roteiros de filmes de ficção científica e terror. Mas a verdade é que tudo isso é real. Bem real. 


A preocupação central é com o volume de dados que estão sendo coletados por essas Inteligências. Sabemos que muitas empresas contornam as violações de privacidade nas práticas de coletas e de uso. Com o avanço exponencial dessa tecnologia, ainda não há como fiscalizar. Informações sensíveis podem estar sendo expostas e, por isso, uma coisa é certa: o vazamento de dados ou qualquer erro de sistema operacional pode trazer prejuízos graves.


Outra questão é a falta de transparência. Dificilmente, a IA trará fontes e referências de onde foram retiradas as informações. Além de poder acarretar desinformação, alguns sistemas podem agir pela manipulação de informação, visto que o padrão cognitivo da máquina acompanha as concepções do indivíduo, de forma que pode intensificar padrões de comportamento voltados às discriminações e preconceitos. Quando se trata de informação e comunicação, a imparcialidade é fundamental. Nas IAs, portanto, a transparência é um atributo praticamente impossível.   


Conteúdo de deepfake, realidades montadas, textos prontos, tabelas organizadas, serão cada vez mais comuns. Esses fatores colaboram para a desvalorização da arte, cultura e pesquisa, além de promover o afastamento humano. A alienação e a apatia podem ser alguns dos resultados da falta de interação humana. 

Com tudo isso posto, é importante lembrar que a falta de supervisão humana quanto ao alinhamento da IA com as convenções sociais, ou possível falha de sistema, por conta de sua complexidade, podem gerar algum comportamento inesperado ou decisão imprevista, resultando em consequências negativas para indivíduos, empresas, entre outros. 


Ferramentas como esta, que por um lado representa desenvolvimento e evolução, entre tantos outros benefícios, por outro, traz preocupações a longo prazo para a sociedade. As consequências podem ser realmente catastróficas, de tal modo que, recentemente, mais de mil pesquisadores e líderes da área de tecnologia assinaram um documento pedindo aos laboratórios de Inteligências Artificiais que interrompessem o desenvolvimento de sistemas avançados de IA. Entre outras coisas, a carta diz que a IA apresenta “riscos profundos para a sociedade e humanidade”.  


Polêmico, né? 


Mas, e você, o que pensa sobre isso? Escreva no campo de comentários a sua opinião sobre as Inteligências Artificiais. Você é a favor? É contra? Por que?


O fato é que a IA é uma realidade atualmente, e existem maneiras bem bacanas de utilizá-las. No dia 26 de janeiro, trarei algumas ferramentas úteis e fáceis de IA para você, para sua marca ou para a sua empresa. Confira!


Acesse todos os posts da série “Os sabores e as dores da IA”, 




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