Depois de fazermos uma pequena viagem pelas beiradinhas do mundo da Inteligência Artificial, a nossa série “Os sabores e as dores da IA” chega ao fim… Mas não sem antes falarmos da nossa relação com ela. E ao dizer “nossa”, me refiro a uma grande parcela das pessoas que ocupam esse Brasilzão.
Segundo pesquisas do próprio Governo, 90% dos lares brasileiros possuem algum tipo de acesso à internet. Pode ser via dados do celular, 3G, 4G, 5G; bandas largas de baixa, média e alta potência; não importa. O que podemos afirmar é que são 65,6 milhões de domicílios conectados. Isso corresponde a cerca de 156 milhões de pessoas, com mais de dez anos, conectadas por intermédio de um celular ou um computador. É muita gente!
Será que esse povo todo sabe como se relacionar de maneira saudável com a tecnologia?
Dos 156 milhões de internautas, 48% já exploraram, usaram ou usam alguma Inteligência Artificial no seu dia a dia; desses, 85% se sentem confiantes em utilizar essas tecnologias. Paralelamente, 74% dos profissionais brasileiros com acesso à internet dizem que a incorporação e o uso da IA irão mudar os rumos laborais, com previsão já no próximo ano. Já os gestores, afirmam que a IA será responsável por 99% das mudanças. Daí, 56% desses trabalhadores enxergam a necessidade de se aprimorar no tema, mas revelam que apenas 38% das empresas buscam promover o assunto com treinamento, workshops, etc.
Embora o Brasil esteja entre os países mais otimistas sobre a IA, segundo a Forbes, levando em conta que quatro a cada dez brasileiros acreditam que a tecnologia pode trazer um impacto positivo na sua vida, seja ela pessoal ou profissional, apenas 23% dos gestores nacionais investiram até agora na Inteligência Artificial. Para quem desenvolve trabalhos nessa área, o nicho deve ser uma boa oportunidade de investimento.
Como sempre, nem tudo são flores. É muito importante que você, usuário da IA, esteja atento, nos momentos de pesquisas, a detalhes como confiabilidade e direitos autorais, por exemplo. Por enquanto, a Inteligência Artificial traz desafios legais e regulatórios bem graves.
Por isso, darei alguns conselhos: não acredite em tudo que vê e lê. Busque referências sérias e não crie dependência dessas tecnologias. Elas imitam o cérebro humano. Mas nós temos o original. Não deixe que a tecnologia apague você! Use dela para se beneficiar. Invista em conhecimentos, tanto para criá-las e manuseá-las, quanto para resolver problemas e buscar soluções com outros seres humanos, ou até com a própria solitude.
Assim, acabamos a primeira série do blog da etc. Caso você tenha perdido algum post ou queira ler tudo de novo, os textos estão reunidos AQUI.
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